w.c constrangido

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terça-feira

Investigar



Por vezes não basta escrever o livro, é preciso vê-lo. É preciso retirá-lo das várias gavetas do subconsciente onde foi alimentando todos os seus conflitos e ir pouco a pouco descobrindo os seus ângulos aparentemente velados. E para isso resta-nos um difícil e paciente exercício, um perverso jogo que nos faça ver a primeira vez do que sempre vimos, que nos revele o novo do conhecido, que nos torne o primeiro visitante de uma casa onde sempre vivemos. Um jogo que no limite nos faça olhar o texto de várias escalas: de lado, de perto, de longe, ou até com olhos emprestados. Que nos faça ser atingidos pelo espanto ou nos deixe inexoravelmente rendidos à crueldade da nossa mais sensata voz: começa de novo...